Organizado nas redes sociais de forma espontânea, o movimento “CNPJ de Luto” se espalha em várias cidades de Rondônia. Trabalhadores do comércio mostram sua preocupação com a economia estadual diante das dificuldades e restrições criadas pelo novo coronavírus (Covid-19).
Em faixas e cartazes se observa o apelo dos trabalhadores: “Queremos Trabalhar”; “Eu preciso Trabalhar”; “O Brasil não pode parar”; “CNPJ de Luto”.
O movimento é endossado por empresários de vários segmentos, mesmo aqueles que não têm restrição de funcionamento, pois já observam a queda de faturamento provocada pela quarentena das pessoas.
No segmento de alimentação fora do lar, eletrodomésticos, serviços não essenciais, confecções e calçados os prejuízos são ainda maiores, gerando um reflexo negativo em outros setores.
POSIÇÃO SETOR PRODUTIVO
Consultado, o presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Rondônia (FACER), Francisco Hidalgo Farina, destaca a necessidade de avançar no diálogo com as autoridades rondonienses. Ele lembrou, que através da negociação, avanços estão sendo obtidos em todo o Brasil e também em Rondônia.
Farina também destacou a necessidade da manutenção das regras de higiene e dos cuidados básicos para evitar a disseminação do vírus, ponderando a necessidade de manutenção dos empregos e da atividade econômica, bem como atenção especial às pessoas que compõem os grupos de risco. “O funcionamento do comércio e os empregos não são mais importantes que a vida. Na verdade, os dois estão intimamente ligados e, neste momento, precisamos cuidar desses dois setores, bem como das pessoas que estão nos grupos de risco, para não termos maiores problemas futuros”, argumenta.